"...Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus..." (Is 40:3)
O deserto é um lugar interessante, singular e ninguém quer
estar nele. É um lugar despovoado, quente, estéril, há pouca vida.
O Deserto da
Judéia foi palco de muitas passagens emocionantes da bíblia: foi um importante
refúgio em muitas ocasiões da história antiga. Davi escondeu-se do Rei Saul (I
Sam. 26:1–3). Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites (Mt. 4:1–11; Mc. 1:12–13), mas, acima de tudo, o deserto era o lugar
menos cogitado para se viver uma vida, estabelecer morada, pois é um lugar árido, perigoso, onde
os ladrões ficavam a espreita esperando
os viajantes que por ali passassem, para praticarem seus assaltos e
assassinatos.
O próprio Jesus utilizou a rota de Jerusalém a Jericó que
atravessava o Deserto da Judéia como o cenário para a parábola do bom
samaritano porque viajantes solitários eram presas fáceis naquela área (Lc.
10:25–37).
Podemos dizer que estamos vivendo num deserto
espiritual!
Vemos a sede, o cansaço, o
medo em um tempo em que as pessoas têm necessidade de Jesus.
Presenciamos o ladrão, que é Satanás, roubar, matar e
destruir as vidas que vagam sem direção neste deserto. Vidas essas, que buscam
em todos os lugares e maneiras, e seus olhos enganosos lhes mostram um Oásis de
águas cristalinas, mas quando se aproximam e vão beber da fonte ela está seca
ou as águas são amargas. Infelizmente é o evangelho que vemos e ouvimos ser
pregado.
Um evangelho fácil, sem comprometimento, sem desejo de
maturidade, sem estudo da Palavra e sem oração. As pessoas vivem
apenas os momentos, e quando saem da igreja, ou do seu “momento” ela
novamente está seca, sem vida. Não imaginam que Rios de água viva podem jorrar
abundantemente e constantemente como disse o próprio Jesus.
Em um tempo de sequidão espiritual, apareceu um homem
disposto a confrontar a religiosidade, descrença, o comodismo de sua
época. João Batista se levantou no
Deserto da Judéia, para pregar a mensagem que mudaria a vida de qualquer pessoa
que a ouvisse e praticasse. “Arrependei-vos!”.
Ele veio para preparar o caminho para Jesus antes do início seu
ministério. João Batista era a voz que
trazia esperança, exigia mudança de mente e o levantar-se da zona de conforto.
Mas era, também, a voz que irritava os ouvidos dos descrentes, religiosos,
descompromissados e acomodados.
Estamos vivendo este mesmo tempo de sequidão: o que se vê a
nossa volta? Religiosidade, comodismo, descrença, o pecado sendo tratado como
algo “natural” e o evangelho sendo tratado como algo banal, descartável e até
mesmo ultrapassado.
A mensagem a ser transmitida hoje é a mesma: arrependei-vos,
é chegado o Reino de Deus! Jesus já veio
e cumpriu o seu ministério, e sua próxima vinda será para levar um povo
escolhido, especial, zeloso e de obras incontestáveis. Temos anunciado essa
real mensagem, ou apenas uma mensagem agradável
que massageia o ego das pessoas?
Haverá entre nós um João Batista que clame no deserto e
anuncie que Ele vem logo, e que não há tempo a perder?
Seria esse João Batista corajoso e destemido, eu ou você?
Por Célia Soncella













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