Que a religião tem o poder de influenciar e até mesmo controlar milhares de pessoas, isso todo mundo sabe. E o cristianismo, melhor que qualquer outra religião, ao longo dos séculos, criou dispositivos, maneirismos e táticas sutis para impor os quereres de seus líderes eclesiásticos sobre a massa. E, para isso, se utilizam de uma grande arma; a Bíblia. Essa prática acontece desde os tempos antigos através da Igreja Católica e se incorporou ao protestantismo com facilidade.
Eu explico. A palavra de Deus, a Graça de Deus, ela é extremamente benéfica se utilizada com amor pelos líderes de igrejas. Através dessa Graça, você pode apoiar, aconselhar e motivar as pessoas de maneira estrondosa. Porém, essa mesma Graça pode ser utilizada de maneira a influenciar as pessoas. Hoje é fácil ouvir frases como: “Ai daqueles que tocam no ungido do Senhor! Por isso ninguém pode me contrariar!” e “Levem o dízimo à casa do tesouro! A casa do tesouro é a igreja que você frequenta!“. São apenas dois exemplos de frases vindas da Bíblia utilizadas por líderes evangélicos para manipular seus seguidores. Líderes esses que foram seduzidos pelo lado negro da Graça e a utilizaram não para altruísmo, mas para benefício próprio.
Agora é a hora de avaliarmos; de que maneira utilizamos a Bíblia, a Graça de Deus, em nossas igrejas? De forma a manipular as pessoas em nosso próprio benefício? Ou para o bem, de maneira altruísta e benéfica aos seus seguidores? Se você, por um momento de fraqueza, se rendeu ao lado negro da Graça, ainda é tempo. Mude sua postura, deixe de lucrar com a graça. Não sejamos seduzidos pelo quanto de lucro a palavra de Deus pode nos render. Não nos rendamos aos nossos próprios caprichos e orgulho, manipulando sua congregação. Lidere com amor e sem autoritarismo.
E, por outro lado, se você é bonitão e se acha defensor da Palavra, cuidado! Muitas vezes, no anseio de defender a Bíblia, acabamos fazendo exatamente o contrário do que ela diz. Eu, por muitas vezes, já caí nesse erro. Fique esperto; nem 8, nem 80.
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